quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

12 de Fevereiro

E prefiro confortabilidade da fuga, a certeza de que na rua verei uma estranha. E continuo te afastando de mim, afasto o cheiro, a presença, o beijo, e deixo com o tempo, deixo que o fio se desenrola.
A perseguição dela á mim é causa-razão da minha inquietude, e tenho sono mas não posso dormir, tenho fome mas não posso comer!
E meu corpo ressacado da secura de você, morre.

Ouvindo mestre Cartola outro dia lembrei de você, ouvindo Noel lembrei do quarto, da cerveja, da fotografia, lembrei da cozinha e do fogo. E lembrei que meus olhos pegam fogo, ardem, lacrimejam fervendo saudade.
Se você soubesse quem sou, se deixasse eu te conhecer, me apresentar de uma forma nua, atua em mim a cena do fim, ou dos fins.
Corto a raiz todos os dias pra evitar um crescimento cretino e sem rumo do sentimento solto, corto as cenas ruins, pulo pro fim feliz, pulo pra parte em que tu sorrir!

Marcelo C.

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