segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Minha paciência é a razão

Quando a procura cansa de achar o que não existe, eis que chega a esperança tardia de que tudo pode piorar ou melhorar da noite pro dia.
As percepções já não são as mesmas de meses atrás, o calor hoje é frio e a parede com teu nome mofou, cobriu-se de uma leve camada branca ou esverdeada que assinalou o começo da decomposição. Os sinais de paz perderam a validade.
Ir caminhar na praia para comemorar o dia da derrota, e sigo e sabe que sei de tanta coisa que esqueci.
Vai ver no fundo do mar exista algo que puxa a fome do estomago e no fim da  tarde tudo se enterre em sua areia fofa. Teu rosto nunca me da trégua!
Milagre hoje em dia é reconhecer teu cheiro, milagre hoje em dia é parar pra te despertar, dizer algo forte e trancafiar o milagre de te ver.
O brilho da lua cheia pisca á mim em sonho-realidade, apaga e dorme a madrugada inteira vasculhando o pensamento que chega vez ou outro, o papel em branco fala mais por mim do que mil rosas vermelhas rabiscada de hidrocor marrom.
E quem sempre viu em mim o que via em ti, hoje vê um espaço do pedaço que era teu, eu.
Quando bater em tua porta machuca mais que coração ferido, a ilusão de colher os corações desenhados em minha parede e planta-los em um espaço livre desse mofo que tomou conta de um dado desse jogo de dois.
A ilusão é a veste que me faz te envolver nesse tempo ligeiramente parado no ano passado e nada me faz querer ver-te a minha porta bater, com a roupa do couro e cheia de choro.
E sabendo que raiva em mim não dura e sabendo que morri com a decepção que escolhi manter em mim, te afasto assim que puder te aproximar novamente.



Marcelo C.

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