Andei essa cidade inteira,
cansado, maruado da maresia da vida, procurando o pouco sobrado da tua migalha.
A falta de respostas talvez me
entorpeça Dolores.
Dores frias ou dormências formigantes.
A dor da tua cólica que sai
rasgando teu ventre e acaba com teus pais e filhos, trejeitos do sujeito
simples.
A falta de respiração enquanto
atravesso a ponte com um cigarro e um punhado de asma.
Cambaleando em vida troquei umas
palavras com um amigo, enquanto a asma atacava falávamos sobre suicídio e
enquanto sufocava-me em filosofias tentava lhe explicar a irracionalidade de
tirar a liberdade da vida.
Um tropeço em movimento quase
que tiro a minha liberdade, não me dê sua caridade!
Agora chego ao fim da ponte,
do (en)canto, da conversa, mas, nunca do pensamento.
Marcelo C.
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