terça-feira, 5 de junho de 2012

O dia em que faltou sol ( à mim)



Hoje acordei com disposição boa, e depois dei um tempo, pensei em escrever uma poesia simples, deixei pra depois.
Abri a janela do meu quarto na intenção de cegar momentaneamente com a forte intensidade da luz do sol, mas o sol não entrou, parece que hoje faltou. Eu não ceguei por um momento. Eu pensei de olhos fechados porque nessa manhã o sol não quis iluminar meu quarto? Porque mesmo fazendo tudo certo o sol não quis entrar no meu quarto?
Ocorreu-me de concluir que eu no ato de fechar os olhos e só esperar a luz do sol generalizei o mesmo.
O sol e sua luz não agem da mesma forma, eles têm vontade própria em cada moradia.
Não é em todo quarto bagunçado que a luz do sol se sente a vontade para entrar e iluminar.
Com os olhos abertos, parado pra janela acendi um cigarro, consumi em 2 minutos.
Pensando inquieto.
Pensando livremente.
Meu cigarro acabou. Minha razão chegou. A luz não entrou. Não por ter feito meros movimentos errados ou falta de entusiasmo, a luz do sol não entrou porque eu só abri a janela e esqueci as cortinas. Um depende do outro. Sem um o outro morre.
Não pensei em fazer os movimentos por completo, falhei, não houve entrega suficiente num simples ato, não adiantou abrir só a janela, a cortina impediu que entrasse qualquer raio de luz do sol no meu quarto.
E eu só precisei de um cigarro até entender: o problema era a cortina.

Marcelo C.

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